Tratamento das craniossinostoses com expansão dinâmica
por meio de molas implantáveis: análise de 17 casos
AUTOR
VERA LÚCIA NOCCHI CARDIM, RODRIGO DE FARIA VALLE DORNELLES, ROLF LUCAS SALOMONS, ADRIANO DE LIMA E SILVA, ALESSANDRA SANTOS SILVA
RESUMO
Objetivos: Fazer a análise de 17 pacientes com diagnóstico
de craniossinostose tratados com expansão dinâmica
por meio de molas implantáveis não-absorvíveis. Método:
São apresentados 17 casos de pacientes com diagnóstico
de craniossinostose e tratados com expansão dinâmica
por meio de molas implantáveis não-absorvíveis, no período
entre março de 2002 e novembro de 2006. Onze pacientes
eram do sexo masculino, com idade variando entre 10
dias e nove anos. Dos 17 pacientes, sete apresentavam
craniossinostose sindrômica e 10 não sindrômicos. A incisão
realizada foi a bicoronal em 16 casos e sagital mediana
em um caso, com descolamento subgaleal e craniotomia.
Resultados: Seis pacientes receberam sangue no
transoperatório (cinco com hipertensão intracraniana e outro
com anemia pré-operatória). Todos os pacientes receberam
alta hospitalar até o 3º dia, sem intercorrências. Tardiamente,
um paciente com pansinostose (Apert) apresentou
superficialização das molas no lado direito, com necessidade
de retirada, e outros dois necessitaram realocação das
molas por mobilização das mesmas. Todos os pacientes obtiveram
expansão e remodelagem cranianas satisfatórias. As
molas foram retiradas entre 50 e 270 dias após sua colocação,
sem intercorrências. Conclusões: O tratamento das
malformações craniofaciais é geralmente extenso e complexo.
Com o advento da distração óssea, é possível realizar
procedimentos menos invasivos e mais seguros. O estudo
sugere que a técnica de expansão com molas implantáveis é
segura e eficaz, com baixa morbidade e bons resultados.
Descritores
Craniossinostose. Anormalidades
craniofaciais, cirurgia. Osteogênese por distração.
TÍTULO
Síndrome da disfunção da articulação temporomandibular
AUTOR
ALEXANDRE AUGUSTO FERREIRA DA SILVA, LUIZ CARLOS MANGANELLO-SOUZA, SONIA LUISA DE ALMEIDA FREITAS
RESUMO
Introdução: A síndrome da articulação temporomandibular
é caracterizada por um conjunto de sinais e sintomas
que podem ter localização intra ou extra-articular. A
etiologia é multifatorial, o diagnóstico nem sempre é fácil e
o tratamento é clínico, na maioria das vezes. Porém, a cirurgia
está indicada em casos avançados da doença. O objetivo
deste trabalho é comparar pacientes operados e não
operados, mas todos com indicação de cirurgia, da síndrome
da disfunção da articulação temporomandibular. Método:
Estudamos 45 pacientes que apresentavam este quadro clínico
e que tinham indicação de cirurgia da disfunção da
articulação temporomandibular. Destes pacientes, 18 foram
operados, 17 optaram por não se submeterem à cirurgia,
realizando somente tratamento clínico e 10 ficaram sem tratamento.
Após um período de um ano, os pacientes foram
reavaliados linicamente. Resultados: Os pacientes operados
melhoraram, significativamente, a abertura bucal e a
dor, quando comparados aos pacientes que realizaram somente
tratamento clínico e aos que não se submeteram a
nenhum tratamento. Conclusão: A cirurgia da disfunção da
articulação temporomandibular, em casos avançados de evolução
da doença, proporcionou resultados mais significativos
no que diz respeito à melhora da abertura bucal e da
dor, ou seja, a cirurgia tratou a doença e o tratamento clínico
não se mostrou eficaz.
Descritores
Dor facial. Articulação temporomandibular.
Transtornos da articulação temporomandibular,
cirurgia.
TÍTULO
Tumores da base do crânio anterior ressecados por
acesso cirúrgico subcranial minimamente invasivo
AUTOR
TERENCE FARIAS, FERNANDO LUIZ DIAS, LEOPOLDO MORAES, MARIA CRISTINA MATTEOTTI GERALDO, KLECIUS LEITE FERNANDES,
ANDRÉ LEONARDO DE CASTRO COSTA, MICHEL PONTES CARNEIRO, LUCIO MALACO
RESUMO
Este artigo descreve a nossa experiência em ressecção
de tumores craniofaciais por acesso subcranial modificado,
desenvolvido por nós e minimamente invasivo.
Esta modificação propicia acesso a estruturas medianas
e paramedianas da base de crânio anterior, além de
permitir a ressecção do componente sinonasal destes tumores,
combinando-se ou não um acesso facial. Com
um total de 25 casos já operados e com um acompanhamento
de até 60 meses, 68% destes pacientes estão
vivos e sem evidência de doença.
Descritores
Ossos faciais, cirurgia. Craniotomia,
métodos. Neoplasias da base do crânio.
TÍTULO
Osteomielite fúngica pós-traumática do osso
frontal: relato de caso
AUTOR
DOV CHARLES GOLDENBERG, EDUARDO KANASHIRO, ALEXANDRE SIQUEIRA FRANCO FONSECA, FÁBIO KAMAMOTO,
DIANA PINHEIRO CRUZ5, WILIAM SALIBA JR., NIVALDO ALONSO
RESUMO
Várias são as complicações descritas para as fraturas do
osso frontal, porém a infecção fúngica constitui um evento
raro. Descrevemos o caso de um paciente, vítima de fratura
de osso frontal, com comprometimento sinusal, que evoluiu
com infecção na ferida operatória após a osteossíntese. Submetido
a novo procedimento cirúrgico para desbridamento,
encontrou-se material caseoso, cujo exame microbiológico
evidenciou a presença de Aspergillus sp e Staphylococcus
epidermidis multirresistentes. Conforme orientação da equipe
de Infectologia, foi introduzida terapia antibacteriana e
antifúngica, evoluindo com melhora do processo infeccioso.
Nenhum relato anterior de casos de osteomielite fúngica
associada a fratura frontal foi encontrado, comprovando a
impressão da equipe quanto à raridade do caso.
CARLA PEIXOTO VALLADARES, DANIELLE RESENDE CAMISASCA, WILLIAM CORREA NAPOLITANO, ANDRÉ AGUIAR MARQUES,
RAMIRO BEATO DE SOUZA, ELIANE PEDRA DIAS, SIMONE DE QUEIROZ CHAVES LOURENÇO
RESUMO
A fascite nodular representa uma lesão reacional benigna
dos tecidos moles, associada a fáscia e caracterizada
por intensa proliferação fibroblástica. Pode ser encontrada
em diversos locais, sendo que 46% dos
casos ocorrem nas extremidades superiores e 20% em região
de cabeça e pescoço. Devido ao seu rápido crescimento,
alta celularidade e elevada atividade mitótica, esta
lesão é freqüentemente confundida com sarcomas. Seu tratamento
consiste na excisão cirúrgica simples. Sua
recorrência é rara e está associada à remoção incompleta
ou diagnóstico inicial equivocado. Paciente do sexo feminino,
16 anos, leucoderma, apresentou lesão em região
submandibular esquerda, com cinco meses de evolução.
Ao exame clínico, foi observado um nódulo subcutâneo,
eritematoso, de consistência firme, medindo aproximadamente
quatro centímetros. A imagem obtida por ultrasonografia
revelou uma lesão sólida. Foi realizada punção
aspirativa por agulha fina, apresentando resultado compatível
com adenoma pleomórfico. Optou-se, então, por
realizar a biópsia excisional, e o resultado do exame
histopatológico foi de fascite nodular. Houve recidiva da
lesão, quatro semanas após sua remoção cirúrgica. Este
trabalho relata o caso, discutindo sua conduta clínica.
Descritores
Fasciite. Doenças mandibulares, patologia.
Neoplasias de tecidos moles. Recidiva local de
neoplasia.
TÍTULO
Padrão facial. Parte 1: Discrepâncias sagitais
AUTOR
LIANA FATTORI1 RENATA FERES
RESUMO
Neste artigo, as autoras detalham um novo critério
de classificação e diagnóstico da morfologia facial, proposto
por Capelozza Filho, enfocando as discrepâncias
sagitais. Além disso, buscam fornecer dados que possam
auxiliar no diagnóstico e tratamento dos indivíduos
portadores de más oclusões, de acordo com seu padrão
facial.
Descritores
Ossos faciais, crescimento & desenvolvimento.
Má oclusão, classificação. Ortodontia corretiva.