Avaliação da cirurgia ortognática em pacientes
com fissuras lábio-palatais
AUTOR
ANDRÉ DE MENDONÇA COSTA, DOV CHARLES GOLDENBERG, PAULO ROBERTO PELUCIO CÂMARA3, ELIANA MIDORI HANAYAMA, NIVALDO ALONSO
RESUMO
A má formação esquelética mais comum nos pacientes
fissurados é a hipoplasia e má posição da maxila
nos três planos. Nesses casos, a combinação do tratamento
ortodôntico e cirúrgico se faz necessária, sendo a
osteotomia Le Fort I, entre diversas técnicas disponíveis,
a mais indicada para a reposição da maxila,
sendo certo que a osteotomia poderá ser modificada a
depender de cada caso individualmente. O objetivo desse
estudo foi avaliar pacientes submetidos a osteotomia de
maxila Le Fort I, com avanço e/ou combinada com
osteotomia de mandíbula e recuo, observando como o
avanço da maxila poderia influenciar na voz e na fala
desses pacientes. Seis pacientes
foram selecionados. As variáveis foram comparadas por
meio de análises pré e pós-operatórias criteriosas. Por
meio dos resultados obtidos, podemos confirmar que a
cirurgia ortognática proposta nesse estudo apresenta eficiência
na correção dessas deformidades esqueléticas,
além de permitir o tratamento simultâneo de fístulas
oronasais, fendas dento-alveolares e deformidades da
mandíbula. A análise fonoaudiológica
pré-operatória deve analisar o impacto dessa cirurgia
na função velofaríngea desses pacientes.
Protocolo de utilização do metilmetacrilato em cirurgia craniomaxilofacial reconstrutiva
AUTOR
EDUARDO KANASHIRO, DOV CHARLES GOLDENBERG, DANIEL SILVA CORRÊA LIMA, NIVALDO ALONSO, MARCUS CASTRO FERREIRA
RESUMO
As primeiras cranioplastias datam da antiguidade, com
a utilização de metais preciosos pelos Incas. Desde
então, vários materiais têm sido utilizados para reparar deformidades
craniofaciais e, em 1940, Zander introduziu o
metilmetacrilato nesse leque de opções. Com o objetivo de
estabelecer um protocolo para utilização desse material,
realizou-se um estudo prospectivo no qual,
entre julho de 2003 e abril de 2004, foram operados 12
pacientes portadores de deformidades ósseas no segmento
craniofacial, sendo 10 com defeitos cranianos e 2 com
depressões no terço médio da face. Critérios de inclusão
dos pacientes no estudo foram estabelecidos no sentido de
evitar possíveis complicações. Esses critérios consistiam em:
ausência de ferida aberta, ausência de comprometimento
sinusal, ausência de infecção local durante o período de
um ano antes do procedimento e presença de boa qualidade
do retalho de cobertura do implante. O metilmetacrilato
foi utilizado em todos os casos, com associação ao enxerto
ósseo autólogo em um paciente. Como padronização do
procedimento, adotou-se a utilização de um filme plástico
para envolver o metilmetacrilato em preparo, evitando-se,
assim, contato direto com os tecidos; resfriamento do material
no momento da polimerização exotérmica e fixação
da placa, o que evita mobilidade e possíveis extrusões.
Todos os pacientes apresentaram bom resultado estético
funcional, sendo as únicas intercorrências: 3 hematomas e
1 seroma, tratados sem maiores conseqüências. Respeitando
critérios de indicação e os preceitos técnicos, o
metilmetacrilato mostrou-se um material seguro e eficaz para
reconstrução em cirurgia craniofacial.
Descritores
Metilmetacrilato. Crânio, cirurgia.
Polimetil metacrilato, uso terapêutico.
TÍTULO
Reconstrução parcial da orelha após ressecção tumoral
Objetivo: Apresentar casuística e técnicas cirúrgicas
empregadas em pacientes tratados por tumor de orelha,
no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital
Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro,
no período de 2003 a 2006. Método: Análise
retrospectiva de prontuários e descrições cirúrgicas.
Resultados: Totalizou-se com 60 pacientes tratados de 68
lesões tumorais. Análise histopatológica mostrou
predominância de basaliomas (72%) e espinaliomas (13%).
As reconstruções foram realizadas de diversas maneiras,
como: síntese direta, retalhos locais simples ou compostos,
enxertias simples ou compostas até amputação total da orelha.
Conclusão: As características do pavilhão auricular
determinam a necessidade de conhecimento de variadas
técnicas de reconstrução para se atingir resultados estético
e funcional adequados.
Descritores
Orelha, patologia. Orelha, cirurgia.
Deformidades adquiridas da orelha.
TÍTULO
Querubismo: relato de caso e revisão da literatura
AUTOR
MARCUS VINÍCIUS MARTINS COLLARES, RINALDO DI ANGELI PINTO, CIRO PAZ PORTINHO, ANDERSON CASTELO BRANCO DE CASTRO, LAURA PRATES VITÓRIA
RESUMO
O querubismo é uma forma rara da displasia fibrosa
benigna, que acomete predominantemente a mandíbula,
caracterizada pela substituição do osso normal (cortical e
medular) por proliferação anômala de tecido fibroso desorganizado.
A proposta do presente estudo é relatar um
caso de querubismo em uma criança do sexo feminino,
com 10 anos de idade, com antecedentes familiares em
três gerações consecutivas. A paciente apresentava uma
tumoração facial indolor, com sete anos de evolução.
Tomografias computadorizadas do crânio e da face mostraram
aumento volumétrico da maxila e mandíbula devido
a lesões insuflativas com densidade de partes moles e
áreas de contigüidade com a cortical óssea. A paciente
não apresentava dificuldades de alimentação, deglutição
ou para a realização de higienização oral. Apresentava
significativa deformidade estética, sem, no entanto, apresentar
comprometimento psicológico. Avaliação clínico-radiológica
estabeleceu o diagnóstico de querubismo. Como
se trata de doença com história natural de regresso espontâneo
durante a adolescência e também devido à ausência
de comprometimento de funções vitais ou envolvimento
psicológico, optou-se por conduta de observação, mantendo
acompanhamento ambulatorial periódico. Atualmente,
a paciente encontra-se com 14 anos de idade, apresenta
lesões ósseas com expansão, porém sem comprometimento
funcional. Como esperado, o componente estético
tornou-se mais relevante, sem no entanto apresentar comprometimento
psicológico importante. A paciente está informada
sobre a evolução natural da doença, aceitando a
conduta conservadora como a melhor neste momento.
Este artigo aborda o Hipertelorismo, uma
alteração anatômica congênita que consiste no aumento
da distância interorbitária. O autor discute aspectos
relacionados à etiologia, anatomia, classificação,
diagnóstico, tratamento e complicações.