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Brazilian Journal of Craniomaxillofacial Surgery
Revista Oficial da Associação Brasileira de Cirurgia Crânio-maxilo-facial.

Volume 10
Número 2  Abril-Junho/2007
TÍTULO
Tratamento das craniossinostoses com expansão dinâmica por meio de molas implantáveis: análise de 17 casos
AUTOR
VERA LÚCIA NOCCHI CARDIM, RODRIGO DE FARIA VALLE DORNELLES, ROLF LUCAS SALOMONS, ADRIANO DE LIMA E SILVA, ALESSANDRA SANTOS SILVA

RESUMO

Objetivos: Fazer a análise de 17 pacientes com diagnóstico de craniossinostose tratados com expansão dinâmica por meio de molas implantáveis não-absorvíveis. Método: São apresentados 17 casos de pacientes com diagnóstico de craniossinostose e tratados com expansão dinâmica por meio de molas implantáveis não-absorvíveis, no período
entre março de 2002 e novembro de 2006. Onze pacientes eram do sexo masculino, com idade variando entre 10 dias e nove anos. Dos 17 pacientes, sete apresentavam craniossinostose sindrômica e 10 não sindrômicos. A incisão realizada foi a bicoronal em 16 casos e sagital mediana em um caso, com descolamento subgaleal e craniotomia.
Resultados: Seis pacientes receberam sangue no transoperatório (cinco com hipertensão intracraniana e outro com anemia pré-operatória). Todos os pacientes receberam alta hospitalar até o 3º dia, sem intercorrências. Tardiamente, um paciente com pansinostose (Apert) apresentou superficialização das molas no lado direito, com necessidade de retirada, e outros dois necessitaram realocação das molas por mobilização das mesmas. Todos os pacientes obtiveram expansão e remodelagem cranianas satisfatórias. As molas foram retiradas entre 50 e 270 dias após sua colocação, sem intercorrências. Conclusões: O tratamento das malformações craniofaciais é geralmente extenso e complexo. Com o advento da distração óssea, é possível realizar procedimentos menos invasivos e mais seguros. O estudo sugere que a técnica de expansão com molas implantáveis é segura e eficaz, com baixa morbidade e bons resultados.

Descritores Craniossinostose. Anormalidades craniofaciais, cirurgia. Osteogênese por distração.
TÍTULO Síndrome da disfunção da articulação temporomandibular
AUTOR ALEXANDRE AUGUSTO FERREIRA DA SILVA, LUIZ CARLOS MANGANELLO-SOUZA, SONIA LUISA DE ALMEIDA FREITAS
RESUMO Introdução: A síndrome da articulação temporomandibular é caracterizada por um conjunto de sinais e sintomas que podem ter localização intra ou extra-articular. A etiologia é multifatorial, o diagnóstico nem sempre é fácil e o tratamento é clínico, na maioria das vezes. Porém, a cirurgia
está indicada em casos avançados da doença. O objetivo deste trabalho é comparar pacientes operados e não operados, mas todos com indicação de cirurgia, da síndrome da disfunção da articulação temporomandibular. Método: Estudamos 45 pacientes que apresentavam este quadro clínico
e que tinham indicação de cirurgia da disfunção da articulação temporomandibular. Destes pacientes, 18 foram operados, 17 optaram por não se submeterem à cirurgia, realizando somente tratamento clínico e 10 ficaram sem tratamento.
Após um período de um ano, os pacientes foram reavaliados linicamente. Resultados: Os pacientes operados melhoraram, significativamente, a abertura bucal e a dor, quando comparados aos pacientes que realizaram somente tratamento clínico e aos que não se submeteram a nenhum tratamento. Conclusão: A cirurgia da disfunção da articulação temporomandibular, em casos avançados de evolução da doença, proporcionou resultados mais significativos no que diz respeito à melhora da abertura bucal e da dor, ou seja, a cirurgia tratou a doença e o tratamento clínico não se mostrou eficaz.
Descritores Dor facial. Articulação temporomandibular. Transtornos da articulação temporomandibular, cirurgia.
TÍTULO Tumores da base do crânio anterior ressecados por acesso cirúrgico subcranial minimamente invasivo
AUTOR TERENCE FARIAS, FERNANDO LUIZ DIAS, LEOPOLDO MORAES, MARIA CRISTINA MATTEOTTI GERALDO, KLECIUS LEITE FERNANDES, ANDRÉ LEONARDO DE CASTRO COSTA, MICHEL PONTES CARNEIRO, LUCIO MALACO
RESUMO Este artigo descreve a nossa experiência em ressecção de tumores craniofaciais por acesso subcranial modificado, desenvolvido por nós e minimamente invasivo.
Esta modificação propicia acesso a estruturas medianas e paramedianas da base de crânio anterior, além de permitir a ressecção do componente sinonasal destes tumores, combinando-se ou não um acesso facial. Com
um total de 25 casos já operados e com um acompanhamento de até 60 meses, 68% destes pacientes estão vivos e sem evidência de doença.
Descritores Ossos faciais, cirurgia. Craniotomia, métodos. Neoplasias da base do crânio.
TÍTULO Osteomielite fúngica pós-traumática do osso frontal: relato de caso
AUTOR DOV CHARLES GOLDENBERG, EDUARDO KANASHIRO, ALEXANDRE SIQUEIRA FRANCO FONSECA, FÁBIO KAMAMOTO, DIANA PINHEIRO CRUZ5, WILIAM SALIBA JR., NIVALDO ALONSO
RESUMO Várias são as complicações descritas para as fraturas do osso frontal, porém a infecção fúngica constitui um evento raro. Descrevemos o caso de um paciente, vítima de fratura de osso frontal, com comprometimento sinusal, que evoluiu com infecção na ferida operatória após a osteossíntese. Submetido a novo procedimento cirúrgico para desbridamento, encontrou-se material caseoso, cujo exame microbiológico evidenciou a presença de Aspergillus sp e Staphylococcus
epidermidis multirresistentes. Conforme orientação da equipe de Infectologia, foi introduzida terapia antibacteriana e antifúngica, evoluindo com melhora do processo infeccioso.
Nenhum relato anterior de casos de osteomielite fúngica associada a fratura frontal foi encontrado, comprovando a impressão da equipe quanto à raridade do caso.
Descritores Osso frontal, cirurgia. Aspergilose. Osteomielite.
TÍTULO Fascite nodular em região submandibular
AUTOR CARLA PEIXOTO VALLADARES, DANIELLE RESENDE CAMISASCA, WILLIAM CORREA NAPOLITANO, ANDRÉ AGUIAR MARQUES, RAMIRO BEATO DE SOUZA, ELIANE PEDRA DIAS, SIMONE DE QUEIROZ CHAVES LOURENÇO
RESUMO A fascite nodular representa uma lesão reacional benigna dos tecidos moles, associada a fáscia e caracterizada por intensa proliferação fibroblástica. Pode ser encontrada em diversos locais, sendo que 46% dos
casos ocorrem nas extremidades superiores e 20% em região de cabeça e pescoço. Devido ao seu rápido crescimento, alta celularidade e elevada atividade mitótica, esta lesão é freqüentemente confundida com sarcomas. Seu tratamento consiste na excisão cirúrgica simples. Sua
recorrência é rara e está associada à remoção incompleta ou diagnóstico inicial equivocado. Paciente do sexo feminino, 16 anos, leucoderma, apresentou lesão em região submandibular esquerda, com cinco meses de evolução.
Ao exame clínico, foi observado um nódulo subcutâneo, eritematoso, de consistência firme, medindo aproximadamente quatro centímetros. A imagem obtida por ultrasonografia revelou uma lesão sólida. Foi realizada punção aspirativa por agulha fina, apresentando resultado compatível
com adenoma pleomórfico. Optou-se, então, por realizar a biópsia excisional, e o resultado do exame histopatológico foi de fascite nodular. Houve recidiva da lesão, quatro semanas após sua remoção cirúrgica. Este
trabalho relata o caso, discutindo sua conduta clínica.
Descritores Fasciite. Doenças mandibulares, patologia. Neoplasias de tecidos moles. Recidiva local de neoplasia.
TÍTULO Padrão facial. Parte 1: Discrepâncias sagitais
AUTOR LIANA FATTORI1 RENATA FERES
RESUMO Neste artigo, as autoras detalham um novo critério de classificação e diagnóstico da morfologia facial, proposto por Capelozza Filho, enfocando as discrepâncias sagitais. Além disso, buscam fornecer dados que possam
auxiliar no diagnóstico e tratamento dos indivíduos portadores de más oclusões, de acordo com seu padrão facial.
Descritores Ossos faciais, crescimento & desenvolvimento. Má oclusão, classificação. Ortodontia corretiva.